terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Mundo

São pedaços de mim que são deixados em todos os locais por onde passo. Vestígios do tempo que passa. Singularidades de que me orgulho. Sobrevivo a todas as intempéries. Revivo-me em cada local constantemente. Solto-me nas brisas que me tocam e deixo-me voar, em corpo, mas sobretudo em espírito. Não é mais do que imaginação, mas não é menos do que um mundo. Um mundo que vou construindo aqui e ali. Por onde habito, onde visito, onde penso. E assim vou construindo o meu mundo, tomando decisões, opções, escolhas, nem sempre as mais correctas, mas sempre as mais acertadas. Em momentos em que a dúvida persiste eu deixo falar os meus sensores e ajo de acordo com eles. Tenho-me dado bem vivendo o que sinto. Talvez por isso me tentem imitar criando cada um o seu mundo, mas não é fácil não tendo em conta que mesmo num mundo só nosso tem de se permitir contacto com os restantes. Só assim é feita vida.

No meu mundo, eu dito as regras, eu escolho os cenários, o tempo, e algumas acções. Escolho até que personalidade quero assumir. Mas quem vai fazer de sol, de lua e decidir de que outros mundos me quero rodear já não sou eu. Vou ouvir os sentimentos!