sexta-feira, 13 de maio de 2011

Reminiscências

Havia em ti algo que me magnetizava. Não sei. Não sei se era o brilho calmo ou o deslizar silencioso. Se a simpatia do teu olhar ou a fluidez do teu sorriso. Não sei. Não sei. Não sei. E faz-me confusão não conseguir saber. Não conseguir. Não perceber. Não sentir o que me fazia sentir-te especial.
Na periferia dos meus sentimentos eu julgava-te mais perto. Tu aproximavas-te em cada passo que davas a distanciar-te. Eu fiquei. Na paragem da tua rotina por achar que era só esperar-te. Não paraste. Não te segui. Apenas fiquei, aqui.
Perdi-me na tua ausência.
Pecado meu achar que ia ser diferente. Erro meu pensar que ias parar. Falha minha julgar-te acessível. Problema meu não te ter conseguido.
Agora, eclipsaste-te noutra galáxia amorosa. Só me resta seguir a minha Via Láctea do amor.
Vás tu de planeta em planeta ou de satélite em satélite... Perdi. Perdi a boleia do vaivém. Perdi o rasto brilhante do teu corpo celeste.
Valha-me o poder ficar aqui e ter a esperança de ver-te passar, qual estrela cadente, mais uma vez.

(cont.)