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Eu procuro seguir-te. Ainda que tudo o que faças é esconder-te e fugir. Eu ambiciono seguir os teus passos e tu teimas em acelerá-los. Não entendo. Não percebo. Não compreendo.
Tudo o que pensei... Vão. Tudo o que ambicionei... Vazio.
Cabe-me a mim sofrer esta ansiedade. Guardar estas palavras meigas e estes gestos que as acompanham. Um dia alguém virá receber o que tenho para ti. Talvez. Porque agora, tudo o que fazes é mágoa. Tudo o que causas é dor. Eu lamento. E assim não chegará a crescer um grande amor.
Uma estrela caída do céu.Desavinda do seu lugar.Perdida no seu oposto.Pesa no seu rosto.
A ansiedade da distância.Caiu por sua vontade.
Permaneceu pelo alheio.O brilho.
Perdera-se a cada instante.Rendeu-se à falta de luz.Aquela que ainda seduz.Ficou intacta.
Naquele chão que todos pisam.Nenhum lhe tocou.Nenhum lhe deu a mão.Nenhum a levou.Para onde pertencia.Aquela estrela, cansada e triste.Já pouco reluzia.E tu.Sabes o que viste.Quando aquela estrela ainda vivia.Naquele céu de plasticina.Moldado à tua medida.Por um artista que te esculpiu a sina.
Eu podia voar. Podia chegar mais longe. Podia beber daquele veneno que não mata mas mói. Sentir aquela dor que não se sente. Aquela dor bem diferente. O silêncio. O silêncio que profiro em vão. O nada das palavras no tudo de um momento. Um momento. Fugaz mas verdadeiro.
Um dia vou voar. Vou conhecer e aprender tudo o que conseguir. Vou ensinar tudo o que sei. Esquecer o que nunca esquecerei. Lembrar o que nunca esqueci. Soldar o passado ao presente. Construir pontes para o futuro.
Neste dia cheguei mais longe. Cheguei porque tomei consciência que mais longe é uma luta constante. Cheguei porque quero continuar feliz. Bebi. Senti. Calei. Voei, conheci, aprendi, ensinei. Esqueci. Lembrei. Nada! Rigorosamente nada!
Um dia cheguei mais longe. E continuei.