quinta-feira, 9 de junho de 2011

Isto é o quê?

A sorrir com um choro divino. Tocam as cordas de um violino. No sopro sentido de uma flauta. Tocada sem seguir a pauta. Eu esqueço o que vem na memória. Num só fôlego tento mudar a história. Depois de um futuro. Passado e presente no escuro. Desenho a aguarela. Nas entrelinhas de uma tela. Pintada de sons. Ouvidos em vários tons. São cábulas de nós. Escritos a uma voz. Despejados no horizonte. Amontoados a... monte. Venho na brisa matinal. Chocar nas roupas do teu estendal. Que se desfiam em fios de algodão. E quando reparas, já nada tens na mão. Por serem efémeras e sucedâneas. Como as tuas gargalhadas momentâneas. Observas a vida andar para a frente. E quando abres os olhos de repente. Vês tudo o que sonhaste. E sentes que desabaste. Passou-te ao lado bem breve. Todo o Mundo e tão leve. E na ânsia de renascer. Deixas tudo por fazer. E continuas a morrer. Mesmo sem querer. E a desaparecer. Porque no acto de viver. Está a causa de deixar de ser.

2 comentários:

  1. É um dos posts que mais gostei de ler até agora, identifico-me tanto tanto com ele. obrigada por saberes expressar tão bem tudo o que é possivel sentir.

    Sara Correia

    ResponderExcluir